Imagem: Pia baptismal, em primeiro plano, e altar, ao fundo, da Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, 2010, Jorge Mangorrinha
Na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, simbolicamente duas pias baptismais marcam a entrada na nave única. Digo simbolicamente, porque estas estão sem a água que caracterizava a função para a qual estas pias eram tradicionalmente esculpidas.
Entrei pela primeira vez neste templo religioso, agora distinguido com o galardão “Outstanding Structure”, atribuído pela Associação Internacional de Pontes e Estruturas (IABSE). Este prémio é considerado o “Nobel” da Engenharia Civil, num reconhecimento das estruturas mais inovadoras, criativas e estimulantes.
A cerimónia de entrega do prémio realiza-se a 9 de Setembro, durante 33.º Congresso da IABSE, em Banguecoque, Tailândia. Nessa cerimónia, o Santuário de Fátima far-se-á representar pelo arquitecto responsável pelo desenho e pela coordenação de equipas, o grego Alexandros Tombazis, tendo sido a estrutura realizada pela empresa ETEC Lda., com sede no Porto.
Esta igreja foi inaugurada a 12 de Outubro de 2007, no âmbito do encerramento das comemorações do 90.º aniversário das aparições da Cova da Iria, tendo sido já distinguida com o Prémio Secil de Engenharia Civil 2007.
O templo, que custou cerca de 70 milhões de euros, tem duas zonas principais, uma dedicada à reconciliação e a grande e notável nave principal. Esta forma um círculo de 125 metros de diâmetro. Num total de 40.000 m2, a construção de todo o templo precisou de 6,2 mil toneladas de aço e 40 mil metros cúbicos de betão, a maior parte dele branco por imposição do santuário.
Decididamente, uma obra de culto: religioso e, também, arquitectónico e turístico. Espero que todos os seus utentes saibam respeitar a sua função essencial e a ambiência necessária à meditação.
O valor universal da água, no que diz respeito à sobrevivência da Humanidade e à importância que tem por exemplo para as questões energéticas e da regeneração do corpo, obriga a que cada um de nós deva tomar esse recurso como finito e o preserve em todas as formas de utilização. As cidades que o têm como recurso económico e identitário devem saber potenciá-lo como desenvolvimento, contribuindo assim para o desígnio universal. Este é um espaço de estas e de outras águas. De todas as águas.
2010-05-26
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