Imagem: Parque Mayer, in jornal Público, de 1 de Julho de 2010
Almocei uma vez mais com o meu amigo Jorge Trigo, o que antecedeu uma reunião, breve, na Videoteca Municipal de Lisboa, para o desenvolvimento dos documentários sobre o 5 de Outubro, no âmbito das comemorações municipais do Centenário da República, cuja exposição abrirá no início de Outubro, nos Paços do Concelho.
Claro está que, para além da República, salta sempre em conversa o Parque Mayer, uma das paixões do Jorge, autor da sequência de livros sobre a história deste importante ícone da cidade de Lisboa e dos quais se espera para breve um 4.º volume.
A sobrevivência do Parque Mayer deve-se a todos aqueles que lhe têm feito uma história de quase um século: actores, autores, músicos, coreógrafos, cenógrafos, guarda-roupas, empresários e público. Mas, destes, importa reconhecer a notabilíssima acção do empresário e produtor Hélder Freire Costa, no Teatro Maria Vitória (http://www.teatromariavitoria.com/), dando continuidade a um tipo de espectáculo que tem sofrido de muitas incompreensões, mas sobrevivido graças ao empenho de muitos, a começar pelo seu produtor, que conheço e de quem tenho uma imagem de grande afabilidade.
Tal como li há dias no Jornal de Notícias, "em Portugal, o teatro de revista tem três sinónimos: Parque Mayer, Teatro Maria Vitória e Helder Freire Costa".
Depois de “Agarra que é honesto”, no Parque Mayer prepara-se mais um espectáculo de crítica social e política, intitulado "Vai de e-mail a pior", num espaço que já conheceu quatro teatros e apenas tem um a funcionar. O Parque Mayer existe desde os "loucos anos 20", sobrevivendo à censura do Estado Novo, à rádio, ao cinema, à televisão, ao futebol, ao pós-25 de Abril, às telenovelas e até a quem, na mesma área, também gostasse de o ver acabado.
Acho que o Jorge ainda vai escrever muitas páginas sobre as estórias que o futuro trará ao Parque Mayer.
Aproximando-se o período de discussão pública sobre o Plano de Pormenor do Parque Mayer, espero que se não meta (mais) água neste caso, que o teatro continue a ser o protagonista do espaço e que se cumpra, também, a necessidade de analisar este sítio, geológica, geotécnica e hidrogeologicamente, com a realização de estudos específicos, para se obter informação mais pormenorizada, designadamente sobre a existência dos lençóis freáticos do seu subsolo, antes da proposta final e do avanço das obras.
A cidade, as suas tradições, o seu turismo e o teatro merecem!
O valor universal da água, no que diz respeito à sobrevivência da Humanidade e à importância que tem por exemplo para as questões energéticas e da regeneração do corpo, obriga a que cada um de nós deva tomar esse recurso como finito e o preserve em todas as formas de utilização. As cidades que o têm como recurso económico e identitário devem saber potenciá-lo como desenvolvimento, contribuindo assim para o desígnio universal. Este é um espaço de estas e de outras águas. De todas as águas.
2010-08-26
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