Em geografias distintas, dois exemplos de grande arquitectura sob o signo da água, o primeiro como reconversão de um edificio que mantém a sua componente funcional à volta da água e o segundo como projecto ganhador de um concurso internacional recente:
Na China, inaugurou-se o maior parque de diversões aquáticas do mundo, no Cubo de Água que, antes, fora um dos palcos das Olimpíadas de 2008. No seu interior, há escorregas com a altura de sete andares, piscina de ondas, palcos, arcadas comerciais e cafés. Dentro das grandes piscinas e tanques, serão geradas ondas artificiais e inclusive um tufão nas águas profundas. De pôr os olhos em bico!
Em Lisboa, aguarda-se o início da obra da Porta de Água, o novo terminal de Cruzeiros de Lisboa, que tem o traço de João Luís Carrilho da Graça. Situado na zona de Santa Apolónia, este projecto, nas palavras do seu arquitecto, procura ser “uma oportunidade rara de repensar e questionar a relação vivencial e urbana entre a cidade de Lisboa e o rio Tejo, alvo de inúmeras propostas ao longo dos séculos, uma consequência da importância desta relação na caracterização e desenvolvimento de uma cidade que assume a sua vocação portuária natural". O novo edifício é aparentado a uma jangada e assume a função de nova porta da cidade, albergando espaços de check-in, espera, cafetarias, lojas e espaços destinados a exposições e eventos, sendo que desde logo se destaca um grande átrio de entrada, o percurso verde à sua volta e o uso da cobertura como praça elevada. De pôr os olhos em Lisboa!
Será que Lisboa precisa de mais equipamentos sobre a frente ribeirinha? É que, atrás está uma cidade edificada, constituida por um tecido rico de edificios, armazéns, casas e espaços públicos (praças e ruas), a precisar de recuperação e de propostas inovadoras de uso.
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