Imagem e artigo publicados, ontem, no jornal Público:
O partido ecologista Os Verdes discorda da ampliação do hospital das Caldas da Rainha e vai questionar o Ministério da Saúde sobre os impactos da obra para captações de água termal.
"A ampliação do hospital não é a melhor opção", sustenta o partido, acrescentando que vai questionar o Ministério da Saúde no sentido de perceber que estudos suportam a ampliação. Os dirigentes dos Verdes, Joaquim Correia e Cláudia Madeira, visitaram a mata e o Parque D. Carlos I na sequência da entrega na Assembleia da República de uma carta aberta (assinada por 15 subscritores) apelando à não separação daquele património do hospital termal considerando que tal poderá "pôr em risco uma área vital, a ser protegida e valorizada". Após a visita, os Verdes associam-se às preocupações dos autores da carta alertando para "os problemas que a ampliação poderá trazer para o perímetro de protecção do aquífero termal e para o perigo de grande parte da mata ser amputada". Além da proximidade às captações de água termal, um dos mentores da carta, Jorge Mangorrinha, contesta o facto de o projecto de ampliação prever "o derrube de árvores" na "maior mata de plátanos do país" integrada nos cerca de 30 hectares de património afecto ao ministério da Saúde. Em alternativa à ampliação, Jorge Mangorrinha defende a construção de um novo hospital Oeste-Norte e a requalificação do actual edifício num hospital de retaguarda especializado em reumatologia e com ligação ao hospital termal. (artigo de Pedro Cunha)
Acrescente-se que o teor da Carta Aberta não refere a ampliação do Hospital Oeste-Norte, limitando-se à eventual desagregação de património por parte do Ministério da Saúde. O tema da ampliação é posterior, mas não deixa de ser complementar quanto às nossas preocupações: os impactes paisagísticos vão ser brutais, independentemente da dimensão da apropriação de terrenos de mata e do corte de árvores em volta do actual Hospital Oeste-Norte, isto para além da perigosidade relativamente aos aquíferos, que são, desde a década de 1960, captados nesta mata, a partir do momento em que as águas emergentes dentro do hospital termal deixaram de ser utilizadas para balneoterapia e inalações. Sublinhe-se que a Mata Rainha D. Leonor, para além de possuir o maior platanal da Península Ibérica, tem um património de flora muito mais vasto e, também, condições singulares de nidificação de aves.
O valor universal da água, no que diz respeito à sobrevivência da Humanidade e à importância que tem por exemplo para as questões energéticas e da regeneração do corpo, obriga a que cada um de nós deva tomar esse recurso como finito e o preserve em todas as formas de utilização. As cidades que o têm como recurso económico e identitário devem saber potenciá-lo como desenvolvimento, contribuindo assim para o desígnio universal. Este é um espaço de estas e de outras águas. De todas as águas.
2010-07-21
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