Imagens: Ambrogio Lorenzetti (ou Ambruogio Laurati; c. 1290 - 9 de Junho de 1348) foi um pintor italiano da Escola Sienesa. Os frescos nas paredes do Salão dos Nove (Sala dei Nove) ou Salão da Paz (Sala della Pace), no Palácio Público de Siena, são obras-primas da pintura do começo do Renascimento. As paredes são pintadas com frescos que consistem num grande grupo de figuras alegóricas da virtude na Alegoria do Bom Governo. Nos dois outros painéis, Ambrogio dá uma visão panorâmica dupla: os Efeitos do Bom Governo na Cidade e no Campo e a Alegoria do Mau Governo e seus Efeitos na Cidade e no Campo.
A importância de uma mais vasta participação cidadã na construção do território e na defesa dos recursos naturais é um verdadeiro problema cultural e cívico. Uma cultura de excelência para os cidadãos tem de assentar numa cultura de excelência para os políticos, porque um político que não tem cultura não pode contribuir para a qualificação do seu território, não sabe antecipar os problemas nem articular expectativas e projectos comuns, desenvolvidos por diferentes agentes originários da classe política, do tecido económico, das universidades e da sociedade civil.
As Alegorias do Bom e do Mau Governo são um conjunto de frescos realizados supostamente entre 1337 e 1340, por Ambrogio Lorenzetti, considerados como uma das primeiras obras da história da pintura com conteúdo civil, filosófico e político, já que se trata de uma projecção de como o mundo da época deveria ser, ou seja, o poder corre pelo tecido social e não depende de um centro e de uma hierarquia porque há uma partilha do governo pelos cidadãos.
Esta proposta alegórica, intelectual e artística, que opõe o Bom ao Mau Governo, tem atraído a atenção de historiadores da ciência política, tanto pelo estudo da proposta enquanto expressão quatrocentista das virtudes e vícios dos governantes, como pela sua actualidade.
Curioso é notar que os frescos relacionados com o Mau Governo são os que se encontram mais danificados. A política dos nossos actuais governantes seria, igualmente, excelente fonte de inspiração para quem quisesse fazer uma interpretação alegórica à semelhança de Lorenzetti.
O valor universal da água, no que diz respeito à sobrevivência da Humanidade e à importância que tem por exemplo para as questões energéticas e da regeneração do corpo, obriga a que cada um de nós deva tomar esse recurso como finito e o preserve em todas as formas de utilização. As cidades que o têm como recurso económico e identitário devem saber potenciá-lo como desenvolvimento, contribuindo assim para o desígnio universal. Este é um espaço de estas e de outras águas. De todas as águas.
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