O valor universal da água, no que diz respeito à sobrevivência da Humanidade e à importância que tem por exemplo para as questões energéticas e da regeneração do corpo, obriga a que cada um de nós deva tomar esse recurso como finito e se preocupe em preservar as suas qualidades em qualquer das formas de utilização. As cidades que o têm como recurso económico e identitário devem saber potenciá-lo como desenvolvimento, contribuindo assim para o desígnio universal. A realização da Cimeira da Terra, de 1992, no Rio de Janeiro, iniciou um conjunto de acções de sensibilização e educação para a importância dos recursos hídricos. Hoje em dia, persistem situações de grande desigualdade, pobreza, fome e conflito, resultantes da falta de acesso à água potável e ao saneamento básico, que são sem dúvida direitos humanos fundamentais. Numa população mundial de cerca de 6,1 biliões, existem actualmente 1,1 biliões de pessoas sem acesso à água potável e 2,4 biliões sem saneamento básico. Apenas 2,5 % da água do Planeta é potável, uma parte está congelada nos pólos e uma outra parte está armazenada a grandes profundidades. A ONU proclamou os anos de 2005 a 2015 como a Década da Água, de forma a atingir as metas relacionadas com este bem cada vez mais escasso, metas inscritas na Declaração do Milénio emanada da Cimeira de Joanesburgo, de 2002. Estamos, portanto, a meio do caminho. Em particular no termalismo, as políticas de utilização e conservação do recurso aquífero são essenciais para a existência da própria actividade e o maior respeito pelos princípios ecológicos e património associados. Cidades termais, e outras termas, que têm esse precioso recurso natural a brotar no seu território devem protegê-lo como valor ambiental, cultural e de mercado.
22 de Março de 2010, Dia Mundial da Água
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